sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Mensagem Semanal


BURACO NEGRO NOS MIOLOS

O gigantesco acelerador de partículas quer desembrulhar o segredo “número um” do Universo e transformar uma especulação num fato científico. Conforme teoria da evolução, tudo o que existe é resultado da combinação de 12 partículas fundamentais e que não podem ser divididas. Mas os físicos ainda não têm a resposta para uma questão primordial: porque a matéria tem massa? Ou seja, porque uma árvore tem madeira maciça, que dá para ver, cheirar e pegar? A resposta estaria na 13ª partícula, apelidada de “partícula de Deus”. Ela finalmente comprovaria o Big Bang e o surgimento do Universo. Tudo depende agora dos resultados desta parafernália de oito bilhões de dólares acionada a algumas semanas na Europa.
Luis Fernando Verissimo, no artigo “A doença da curiosidade”, diz que esta máquina é “espiar por baixo do camisolão de Deus”. E questiona: “Quanto mais se sabe sobre o funcionamento do Universo mais aumentam a perplexidade e a angústia por não se saber mais, por jamais se poder compreender tudo – pelo menos não com este cérebro que mal compreende a si mesmo”. Interessante as palavras deste homem que confessa ter deixado a fé no bolso da fatiota na Primeira Comunhão. Ele reafirma uma promessa bíblica: “Pois Deus, na sua sabedoria, não deixou que os seres humanos o conhecessem por meio da sabedoria deles” (1 Coríntios 1.21). Por isto, acredito que o resultado das experiências deste acelerador de partículas vai mesmo acelerar o crescimento deste imenso ponto de interrogação.
“No começo Deus criou os céus e a terra”. Estas palavras iniciais da Bíblia remetem para aquilo que está no restante das Escrituras: “É pela fé que entendemos que o Universo foi criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi feito daquilo que não se vê” (Hebreus 11.3); “Por meio da sua palavra, o Senhor fez os céus; pela sua ordem, ele criou o sol, a lua e as estrelas... Pois ele falou, e o mundo foi criado; ele deu ordem, e tudo apareceu” (Salmo 33.6,9); “Senhor nosso e nosso Deus! Tu és digno de receber glória, honra e poder, pois criaste todas as coisas; por tua vontade elas foram criadas e existem” (Apocalipse 4.11). O próprio Senhor Jesus confirma: Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: Deus os fez homem e mulher (Marcos 9.6). Portanto, os textos sagrados não permitem dúvidas: Deus criou o Universo já adulto, assim como fez o ser humano inteiramente crescido no sexto dia. Adão e Eva não vieram ao mundo da barriga da mãe ou do macaco, nem as primeiras árvores da semente. Logicamente tudo isso é uma questão de fé.
A Ciência aposta no evolucionismo – tudo surgiu a partir de uma grande explosão há 13 bilhões de anos – o Big Bang – provocando a biodiversidade da vida no imensurável Universo e no planeta Terra. No entanto, se criacionismo e evolucionismo se chocam frontalmente entre fé e razão, os dois caminham lado a lado no terreno da esperança. Na verdade, quanto mais desvenda a complexidade da vida, a Ciência Humana mais se enreda em perguntas sem respostas. Acredito que no lugar desta máquina produzir buracos negros e engolir a Terra inteira, produze outros questionamentos que irão engolfar os neurônios e o sono dos cientistas.
(Marcos Schmidt
Pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS)

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