sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mensagem Semanal

O BEIJO DO PAI

Era a primeira vez que o pedreiro Romualdo comparecia a uma reunião da escola. Dona Rejane, a diretora, insistiu na necessidade de os pais comparecerem sempre às reuniões do colégio, mesmo sabendo que muitos deles não podiam ir.
A diretora ficou surpresa quando Romualdo explicou, na sua humildade, que ele quase não tinha chances de falar com o filho. Ele saía muito cedo para trabalhar e, à noite, quando voltava, o filho já estava dormindo. Assim mesmo, ia até a cama dele e dava-lhe um beijo. E para que seu filho soubesse da visita e do beijo, dava um nó na ponta do lençol que o cobria. De manhã, ao acordar, o filho ficava sabendo carinho do pai.
Dona Rejane se deu conta de que o filho de Romualdo era um dos melhores alunos da escola e sempre dissera ser muito amado pelos pais.
O tempo é muito importante na educação, e a ausência dos pais é muito sentida pelos filhos. Às vezes eles têm a impressão de serem órfãos de pais vivos. Mas o tempo não é tudo. Há pais e mães que têm muito tempo para ficar em casa com os seus filhos, sem que isso em nada resulte de positivo. Quando a novela, o futebol ou mesmo o trabalho ocupam todo o tempo, de nada adianta a presença física.
Existe o tempo “quantidade” e o tempo “qualidade”. Romualdo tinha pouco quantidade de tempo, mas ele o qualificava. Mesmo assim, os pais precisam avaliar como gastam seu tempo.
A sobrevivência econômica é um dado impossível de ignorar. No entanto, uma avaliação correta mostrara que outras coisas também são importantes. Mais tarde, se os pais, angustiados, se perguntarem: onde foi que erramos? O que fizemos? Talvez a resposta passe por este ponto: o que foi mesmo que deixamos de fazer?
(Texto extraído do livro: “Abrindo Caminhos”)
“Ensinem seus filhos no caminho em que devem andar, e, ainda quando forem velhos, não se desviarão dele.” (Pv 22.6)
Pastor: André Klein

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